O Museu do Pênis na Islândia reúne falos gigantescos de baleias a microscópicos testículos do rato do campo — Foto: Halldor Kolbeins/AFP
Museu do pênis faz sucesso entre
turistas na Islândia
Museu reúne pênis e partes penianas de todas as formas e
tamanhos, de uma variedade de mamíferos, de baleias a ursos, focas a gatos ou
mesmo ratos.
Por G1
Uma das atrações da Islândia que tem atraído cada vez mais
turistas é o Museu do Pênis, que reúne a maior coleção do mundo, com uma
variedade de espécimes cuidadosamente coletados de centenas de animais
diferentes.
O país nórdico tem
apresentado um crescimento do turismo nos últimos anos. O setor cresceu 30% em
2015. Para se ter uma ideia, entre 2003 e 2010, o número de visitantes
estrangeiros na Islândia cresceu 6% ao ano. Entre 2010 e 2014, o aumento foi de
20% ao ano.
O antes desconhecido
Museu do Pênis, localizado em Reykjavik, foi um dos pontos turísticos que foi
beneficiado pelo crescimento.
"Vim para ver
se era verdade, se realmente havia um museu do pênis em Reykjavik", disse
o turista americano Jerry Anderson à AFP, no ano passado, sorrindo enquanto
olhava para o falo de um cachalote, o maior espécime do museu.
Conservado em
formaldeído e apresentado dentro de um enorme tubo de acrílico na entrada do
museu, o pênis deste enorme cetáceo tem 1,70 metro de altura e pesa 75 quilos.
Dentro dos grandes
salões iluminados do museu, existem pênis e partes penianas de todas as formas
e tamanhos, de uma enorme variedade de mamíferos, de baleias a ursos, focas a
gatos ou inclusive ratos.
A maioria
dos visitantes são estrangeiros e mais de 60% são mulheres — Foto: AP Photo
O local também abriga uma vasta gama de
artefatos temáticos genitais, entre eles bandejas, totens e um telefone.
"Quem poderia resistir a visitar
um museu do pênis?", questionou Disse Kim, de 62 anos, uma turista do
Canadá que não revelou seu sobrenome.
"Achamos que seria hilário, e
é", disse, gargalhando, enquanto observava com um amigo um tubo contendo
supostamente o pênis invisível de um elfo.
O Museu Falológico é tudo menos
silencioso, visto que os visitantes dão inevitáveis risadinhas enquanto
apreciam os 286 espécimes biológicos exibidos.
"É um bom lugar para fazer piadas
e para passar bons momentos. Você pode se educar e ao mesmo tempo se divertir
um pouco", disse Hjortur Sigurdsson, 52, um ex-gerente de logística que
administra o museu.
Duas décadas
O pai de Hjortur,
Sigurdur Hjartarson, um historiador que trabalhou como professor por 37 anos,
abriu o museu em 1997, começando com apenas 62 espécimes.
"Tudo começou como uma
piada", disse Hjortur à AFP no ano passado. "Meu pai se divertia
apenas colecionando, fazendo algo que ninguém tinha feito antes. Ele sempre
dizia que 'alguém tinha que fazer isso'".
Em 1980, Hjartarson já havia juntado 13
espécimes, nove deles de mamíferos terrestres e quatro de baleias. Dentro de
uma década, esse número aumentou para 34.
Falo humano
Em 2011, a coleção
familiar foi enriquecida com um pênis humano, doado por um islandês morto aos
96 anos de idade.
O espécime pode parecer decepcionante
aos olhos de alguns visitantes. "O próprio doador estava chateado porque,
nos seus últimos anos de vida, o órgão havia encolhido um pouco", conta
Sigurdsson.
Perguntado se ele também estaria
disposto a contribuir para a coleção original do museu, o visitante Jerry
Andersson ficou embaraçado.
"Claro. Estou doando meus órgãos,
acho que posso doar mais um", disse.
Sigurdsson disse que o propósito do
museu do pênis é educativo, e não erótico.
"Tem sido um pouco tabu,
especialmente em relação ao órgão humano, mas se você diz 'pênis', isso atrai
as pessoas", diz o administrador. "E, claro, nós somos o único museu
no mundo colecionando órgãos biológicos".
As crianças são alguns dos seus
visitantes favoritos, por causa da vontade que têm de aprender sobre o campo da
falologia, o estudo científico do pênis.
"Muitas crianças vêm aqui no
horário escolar e se divertem muito", disse Sigurdsson. "Elas não têm
medo de fazer perguntas como: por que essa forma? E esse tamanho?".
Os visitantes podem comparar a cor, o
tamanho e a forma do minúsculo pênis de um rato com o órgão gigantesco de uma
cachalote, explica. Mas também é possível aprender as diferentes formas com que
os animais usam seus falos.
"As baleias, por exemplo, têm um
músculo retrátil. Não precisam realmente de ereção. É muito diferente de
nós", constata o diretor.
O interesse pelo museu cresceu ao longo
dos anos, e em 2011 o local registrou 12.000 visitantes, em uma nação mais
conhecida por suas paisagens deslumbrantes.
A maioria dos visitantes são
estrangeiros e mais de 60% são mulheres.
Uma coisa é certa: a
grande maioria dos visitantes parecem mais felizes na saída do que na entrada.
Antes de deixar o local, podem até passar pela lojinha e comprar um pacote de
macarrão em formato fálico ou um agasalho de pênis tricotado à mão.
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